25 de dezembro de 2007

E o espírito natalino.



Do consumismo.
Do que "a muita gente" (de um tanto de gente) que não sabe o que comemorar.
Do edonismo.
Do ato de presentear.
Dos poucos minutos pra refletir.
Do montão de gente comendo muito rápido.

Do (meu) Natal mais mal humorado já vivido.


E então:
Feliz Natal!

14 de dezembro de 2007

Exageros de mãe




"Já te disse mais de mil vezes que não quero ver você descalço. Nunca vi uma criança tão suja em toda a minha vida. Quando teu pai chegar você vai morrer de tanto apanhar. Oh, meu Deus do céu, esse menino me deixa completamente maluca. Estou aqui há mais de um século esperando e o senhor não vem tomar banho. Se você fizer isso outra vez nunca mais me sai de casa. Pois é, não come nada: é por isso que está aí com o esqueleto à mostra. Se te pegar outra vez mexendo no açucareiro, te corto a mão. Oh, meu Deus, eu sou a mulher mais infeliz do mundo. Não chora desse jeito que você vai acordar o prédio inteiro. Você pensa que seu pai só trabalha pra você chupar Chica-Bon? Mas, furou de novo o sapato: você acha que seu pai é dono de sapataria, pra lhe dar um sapato novo todo dia? Onde é que você se sujou dessa maneira: acabei de lhe botar essa roupa não faz cinco minutos! Passei a noite toda acordada com o choro dele. Eu juro que um dia eu largo isso tudo e nunca ninguém mais me vê. Não se passa um dia que eu não tenha que dizer a mesma coisa. Não quero mais ver você brincando com esses moleques, esta é a última vez que estou lhe avisando." (Millôr Fernandes- Texto extraído do livro "'10 em Humor", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968, pág. 15.)

O que não é exagero nunca é o amor e dedicação. Brigas, sim. Diferenças, sim. Mas algumas igualdades entre nós está estampada na cara. Desejo à dona mãe brava: vida! Com mais otimismo, afeto, carinho e reconhecimento. Talvez algumas palavrinhas sejam deliciosas de se ouvir hoje, dentre elas, o quanto ela é essencial em nossas vidas. Insubistituível, eu diria.

Feliz Aniversário!!
(e a minha responsabilidade pelas rugas a mais)

13 de dezembro de 2007

De perto ninguém é normal











"A Luta Antimanicomial existe há aproximadamente 20 anos e tem como meta a asubstitutição progressiva dos leitos manicomiais no país, por formas de atenção em saúde mental dignas, que respeitem o direito à liberdade e cidadania das pessoas com transtorno mental".


Bauru- SP
6,7,8 e 9 de Dezembro. 20 Anos de Luta.
Movimento Luta Antimanicomial
http://www.osm.org.br/historico.aspx

5 de dezembro de 2007

Luta antimanicomial!

Sim, de malas prontas para o congresso.
Boas discussões, bons amigos, novos ares. Esperança.






Felicidade.

1 de dezembro de 2007

Vida Longa!


Feliz Aniversário!

[Vovó Fia]
Singularidade.
Por tantos atributos tão dela;
sabedoria contagiante,
cabeça de algodão,
voz branda,
barulho dos passos
e a janela que ela escolheu entreolhar a vida
(e que sustenta seus 82 anos).

28 de novembro de 2007

Lei de Murphy

Cansaço, correria, abandono.
O resumo do dia.
Se alguma coisa tem que dar errado, vai dar.
É o princípio que rege a minha vida.

25 de novembro de 2007

23 de novembro de 2007

Would not it be nice?

Nossa primeira produçãozinha piegas! Eu, Amanda, Bella e Carol.Fotos: Getty Imagens


Link: http://www.youtube.com/watch?v=hTreGrXt81A

"Além do que se vê"

A gente parte do pressuposto que as pessoas são boas e que todas as suas atitudes tem como base as melhores intenções. Algumas áreas da minha vida têm estado tão fora do lugar, tanta coisa dando errado, que para mim essa não é a premissa verdadeira. Ando desconfiada e cada pedacinho de não é grande a frustração e tristeza que me dão um tombo. As velhas discussões me desgastam e sinto como se não saísse do lugar. É como se repetidamente eu falasse, mas do outro lado só tivesse o silêncio. Tanto faz o que é dito. Tanto faz. Eu já não sei se as coisas podem dar certo. Confiança é uma palavra quase inexistente, e então sou tomada por um medo maior. Uma tristeza desbotada e contínua.

"Amanhã é longe demais
Pra quem não tem
Pra quem não sabe
Te quis pra minha vida, todo o tempo esperei
E vida agora está em torno de você
Amanhã é longe demais
Pra quem não tem a eternidade"


[Longe Demais
Vanessa Da Mata]

22 de novembro de 2007

"Misture alma e coração"



Porque hoje a saudade é imensa e também porque eu não tenho fotos recentes pra postar. E porque Elisabeta tem um jeito de lidar com a vida diferente. Só ela ri das minhas macaquices sem graça, compreende meus olhares indiscretos e compartilha dos meus dias de mal humor, dias de caratear. É ela [o único ser que em restaurantes self-service] se comporta de uma maneira atípica(coloca 900g de uma mistura totalmente imcompatível e come apenas 200g). Ela (perequeté).


Hoje eu sinto uma saudade desmedida, de certo por causa das suas palavras que se resumem ao meu conforto.

21 de Dezembro, e o meu clamor pra que ele chegue logo!
Tudo passa, até tristeza.

21 de novembro de 2007

Choice [...]



Contrato de Casamento
por Stephen Kanitz

Na semana passada comemorei trinta anos de casamento. Recebemos dezenas de congratulações de nossos amigos, alguns com o seguinte adendo assustador: 'Coisa rara hoje em dia'. De fato, 40% de meus amigos de infância já se separaram, e o filme ainda nem terminou. Pelo jeito, estamos nos esquecendo da essência do contrato de casamento, que é a promessa de amar o outro para sempre.

Muitos casais no altar acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato.

Recentemente, vi um filme em que o mocinho terminava o namoro dizendo 'vou sempre amar você', como se fosse um prêmio de consolação. Banalizamos a frase mais importante do casamento. Hoje, promete-se amar o cônjuge até o dia em que alguém mais interessante apareça. 'Eu amarei você para sempre' deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro.

Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível. Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. A chance de você encontrar sua alma gêmea nesse curto período de pesquisa era de somente 10%, enquanto 90% das mulheres e homens de sua vida você iria conhecer provavelmente já depois de casado. Estatisticamente, o homem ou a mulher 'ideal' para você aparecerá somente, de fato, depois do casamento, não antes. Isso significa que provavelmente seu 'verdadeiro amor' estará no grupo que você ainda não conhece, e não no grupinho de cerca de noventa amigos da adolescência, do qual saiu seu par. E aí, o que fazer? Pedir divórcio, separar-se também dos filhos, só porque deu azar? O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema.

Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas.

As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essa incerteza, sem a qual ficaríamos todos paralisados à espera de mais informação. Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: 'Eu sei que nós dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei dezenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão em meu futuro. Não quero ficar morrendo de ciúme cada vez que você conversar com um homem sensual nem ficar preocupado com o futuro de nosso relacionamento. Nem você vai querer ficar preocupada cada vez que eu conversar com uma mulher provocante. Prometo amar você para sempre, para que possamos nos casar e viver em harmonia'. Homens e mulheres que conheceram alguém 'melhor' e acham agora que cometeram enorme erro quando se casaram com o atual cônjuge esqueceram a premissa básica e o espírito do contrato de casamento.

O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre. Um dia vocês terão filhos e ao colocá-los na cama dirão a mesma frase: que irão amá-los para sempre. Não conheço pais que pensam em trocar os filhos pelos filhos mais comportados do vizinho. Não conheço filho que aceite, de início, a separação dos pais e, quando estes se separam, não sonhe com a reconciliação da família. Nem conheço filho que queira trocar os pais por outros 'melhores'. Eles aprendem a conviver com os pais que têm.

Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender. Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, ou se fizeram propaganda enganosa, a situação muda, e num próximo artigo falarei sobre esse assunto. Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar o casamento até os 80 anos. Aí, você terá certeza de tudo.
...


Não sou a pessoa mais indicada para pronunciar sobre o assunto. Marido, filhos, casa. Uma vida diferente, não? =)

20 de novembro de 2007


Minha Herança: Uma Flor
Vanessa Da Mata

Achei você no meu jardim
Entristecido
Coração partido
Bichinho arredio

Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre

A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho em uma árvore ou uma pedra
Eu deixarei

A minha herança pra você
É o amor capaz de fazê-lo tranqüilo
Pleno, reconhecendo o mundo
O que há em si

E hoje nos lembramos
Sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza estava juntando
Você e eu
(2x)

Achei você no meu jardim

Irmã, querida.



Rachel é um presente elaborado (com embrulho benquisto) e por dentro (uma surpresa: frasquinhos contendo as melhores essências- daquelas inéditas). O coração fica "bipartido" só de pensar na possibilidade de a vida levá-la pra longe daqui[...] Porque ela colore nossa casa, adoça nossas vidas, torna tudo melhor e menos complicado, e também porque tem um coração simples e verdadeiro [...] E também porque faz o melhor giló! (=])

19 de novembro de 2007



Ultimamente quase não tenho vindo aqui escrever textos com mais de duas linhas.São no mínimo meus pequenos retóricos desabafos dispostos em frases simplistas. Costumo dizer que o blog torna-se pra mim um local para distribuir minhas carrancas do dia a dia. Mas já aviso antemão que elas (as carrancas) continuam intactas. Sou eu a dona da falta de tempo, apesar do desemprego (e do próprio mal tempo nas imperfectíveis áreas da minha vida).
Ando estudando para concursos, traçando novos projetos, metas infalíveis de uma vidinha medíocre. O que eu sei é que quero mais, bem mais do que o que tenho visto e vivido, mas por enquanto não sei como alcançar [...] "Meus braços são por demais pequenos para o mundo que quero abraçar" [...]

Sou eu, dona dessa vida que me deixa um tanto inconformada (em dias como hoje), vida esta que tem me deixado essa aparência de olhos corrugados e pesados,com ar de profunda falta de letificidade.
Finalmente eu aprendi a necessidade de se ter na bolsa lenços e óculos escuro.

18 de novembro de 2007

Enquanto a você [...]





Você dita ao meu coração
O que ele não quer aprender
Você quer que o meu coração
Siga a tua receita só
Não, quero que aceite
O jeito que eu te dou de mulher
Não, e aproveite
O resto o tempo dá jeito

Mesmo que tenha a minha oração
Que você dispensa Zé
Você faz com que o meu coração
Siga a tua beleza só
Vá lembrar a tardinha
Quando nos conhecemos Zé
Havia uma beleza ali
Ou era criatividade minha

Quando andava pela rua
Cor de sol amarelo ouro
Me fitava e eu me avermelhando
Som de jardim de sonho
Zé era seis da tarde
Dia e escuridão
Tinha tom, sino e alarme
Roubando o meu coração

Hortelã, alecrim e jasmim
Ave Maria cantando
Ela tão satisfeita por mim
E eu num galho do sol
Que nem passarinho
Que nem passarinho
Desvanecida de amor
Cor de carmim


Não consigo lidar com os "não sei". Cansei.

16 de novembro de 2007

Do não entedimento [...]



Ás vezes acho que algumas tristezas fazem parte da vida e talvez até melhorem o coração.


Lembrete

Não deixe portas entreabertas
Escancare-as
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas
Passam apenas semiventos,
Meias verdades
E muita insensatez.

(Flora Figueiredo)

15 de novembro de 2007

Resquícios do Feriadão







"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus".

Clarice Lispector

Um passado presente!


"Entre aspas"
Obrigado por hoje!
Pela carona, paciência, espera, carinho, boa vontade, colo, beijos, sinceridade, afetividade, proximidade. Que bom que conseguimos manter o respeito e afeição. Vc é e sempre será uma das pessoas mais importantes da minha vida. Responsável por grande parte do que me tornei hoje. Eu desejo a você uma das maiores partes da felicidade do mundo, e uma vida de acelerar o coração, cheia de cor, cheia de muito amor límpido correspondido. Eu amo vc de um jeito só meu, de quem conviveu por 9 anos e que por tanto tempo- poucas infelicidades estamparam nossa historinha- que foi de muito amor.

12 de novembro de 2007


Programinha de hoje: caminhada na chuva, com direito à resfriado e tudo mais.

11 de novembro de 2007

E algumas últimas palavras roubadas que trazem um sentido duplo, como o atual sentimento.

"Malas prontas
De hoje em diante
Mais distante talvez, menos mal
Desencanto na garganta
Faz de conta eu fui mais legal"
(Engenheiros do Hawaí)

[...]

"E até quem me vê
Lendo jornal
Na fila do pão
Sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá
Que é tarde demais
Que é tão diferente assim"
(Marcelo Camelo)



Sim, sim. Hoje eu estava esperando um pouco mais. Que venha a semana e o feriado.

Feliz Aniversário!




Os dias tem sido generosos com a presença das pessoas que adoçam minha vida com a singeleza que pode-se enxergar de longe. Hoje: aniversário da Amanda. Ela faz jus ao nome "digna de ser amada" [...] Ela faz por onde ser amada, ela colore a vida de quem está ao seu derredor, enche de alegria, rebusca o que é mais simples, contagia com a sua docura e sabedoria juvenil. E enche meu coração com aqueles bons sentimentos que estavam guardados em um baú já quase esquecido.

10 de novembro de 2007

Saldo positivo




Novos Horizontes


Novos Horizontes
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger


Corpos em movimento
universo em expansão
o apartamento que era tão pequeno
não acaba mais
vamos dar um tempo
não sei quem deu a sugestão
aquele sentimento que era passageiro
não acaba mais
quero explodir as grades
e voar
não tenho pra onde ir
não quero ficar
novos horizontes
se não for isso, o que será?
quem constrói a ponte
não conhece o lado de lá
quero explodir as grades
e voar
não tenho pra onde ir
mas não quero ficar
suspender a queda livre
libertar
o que não tem fim sempre acaba assim

5 de novembro de 2007

Doçura!



Feliz Aniversário Quequel!:) Por tantas coisas eu afirmo que ela é a melhor parte!

" Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar.''

1 de novembro de 2007

"Da liberdade de errar, cair e levantar"

Interessante como algo que um dia me inspirou tanta esperança, confiança, otimismo e boas coisas, hoje pode ser tão assustador, a ponto de causar um medo gigante que traz o frio na barriga, umedecem meus olhos e desperta em mim os piores sentimentos. Meu coração emudece e eu sinto como se não mais conseguisse, nunca mais! "Não, agora não, por favor [...] eu não estou pronta, preciso recolher os pedacinhos de mim" Retomando as piores frustrações, meus maiores medos, e os mais doídos tombos. E agora eu assumo com simplicidade e dureza e também humildade e com muitas lágrimas nos olhos- que eu ainda não consegui me levantar desse tombo. E isso significa dizer que eu desisti. Sim. E se é temporário eu não sei dizer, só sei dizer que dói. O choro dói, as lembranças me causam medo, espanto, e pouca razão.

" Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico. A vida é sobrenatural [...] Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade... Da liberdade de errar, cair e levantar".
Sim, Clarice.

29 de outubro de 2007

De volta ao calor (corriqueiro) de Goiânia!

27 de outubro de 2007


Impaciente, intolerante, improfícuo, imprudente, impróspero, improvidente, inopinado
[...]
E um vasto vocabulário irritante.
A tal felicidade sabatina é ter de volta o computador em casa, quase funcionando (palavrinhas de gratidão susurradas, pronunciada em voz quase inaudível). Como sombreado (as pequenas infelicidades) e a pergunta contínua: E o que fazer agora?

[...]

24 de outubro de 2007

Precipícios

Alguns minutinhos e muitas palavras. Mudanças severas, ladrão em casa (e lá se foram projetos, trabalhos, palavras, fotografias, segredos... o meu velho computador- meu instante de luto) [...] perdas, poucos ganhos. Uma síntese. Liesel ao meu lado, acompanhando minhas noites de insônia. Atividade principal? Caminhada. Melhor colo? Pedro. Melhor apoio? Livros. E por enquanto só consigo responder questões curtinhas com toda objetividade que me resta, sendo racional que só, e mais, com a velha mania de querer enteder tudo, e no exato momento sem entender nada. Olhos cansados, desânimo e a boa leitura (que tem sido minha vida alternativa fantasiosa em uma Alemanha perdida). Fechem as portas e me deixem descansar, sem gritos, sem porquês, sem explicações. Quero o barulho da chuva e o aconchego do travesseiro...

Outro dia trago referências do que Liesel tem me ensinado.
Ela é a menina que roubava livros.

Referências à postagens antigas (e demodês): Amor acaba.

4 de outubro de 2007

[...]




A semana correu como previsto, demorada que só. Algumas regras aleatórias. Coração tumultuado (à esperar por algo). Não fui à Agência Prisional, apesar da expectativa e da saudade. Boas notícias? Cartinha manuscrita! Delícia de se ler, como se a pessoa querida estivesse ao lado. A letra escrita à mão, cuidadosamente delineada guarda um pouquinho da pessoa rementente. Uma das coisinhas felizes da semana.
Ando guardadinha, como se estivesse num potinho, sem querer muito contato. Tô me sentindo meio bicho do mato essa semana, apesar da saudade de alguns poucos amigos. Cidade quente, falta de chuva, quarto desorganizados, nãos repetidos- me cansam e causam olheiras.

Quero ter tempo e consciência (tranquila) pra ver meus filminhos demodês, cinema sozinha, bons livros empoeirados, poesias, frequentar os sebos do centro, ver pessoas desconhecidas, imaginar a vida de cada uma, destribuir sorrisos, analisar reações, tomar café lendo Clarice, imaginar os cenários dos livros e personagens de Dostoiévski. Por favor (pessoas simples perto de mim). Não quero ninguém com vocabulário demasiadamente rebuscado (rabiscado) vendendo uma ideologia de papel ilegível.

"Mas enquanto eu tiver a mim não estarei só". Clarice Lispector

1 de outubro de 2007

ABPMC e os resquícios [...]








Como em tudo na vida: pontos positivos e negativos. Por agora sobram as fotos que registraram alguns dos melhores momentos (que ajudaram a aliviar a aversividade de Brasília). O pós são os detalhes, porque o sono me consome!

23 de setembro de 2007

E lá se foi mais um sábado. Calor de tempo e de gente, dia divergente e de ver gente (também). Matei algumas saudades, desentendi alguns nãos e nesse exato momento me contemplo num espelho [...]Cá estou eu maquiada pra mim (e mais ninguém).

21 de setembro de 2007


"Ela olhou com os olhos ainda úmidos tomados pela sombra da tristeza resguardada[...]
(respirou suavemente)
e decidiu que a partir daquele dia
aceitaria o que a vida havia lhe proposto"

18 de setembro de 2007

Me sinto como um gelo no meio do asfalto da Avenida Anhanguera. É brega mesmo, mas não consigo achar descrição melhor. Um calor dos infernos em Goiânia. 18 banhos gelados são insuficientes. Como não ficar mal humorada? E melhor dizendo, como lidar com o mal humor?

17 de setembro de 2007

Rabuje transmissível

Eu tô mesmo na fase reclamona, cansada e com humor pra poucos. Muita gente me considera gente boa sem conhecer os meus primórdios. Eu sei que sou chata, antipática, e muitas vezes até anti-social. Não quero cobranças, sou pra poucos mesmo. Posso até ser "de muitas pessoas", mas quem me conhece sabe beeeeem que eu sou de pouquíssimos amigos, quase que eu digo no singular. Dá pra ver logo de cara que eu sou cri-cri. Não é qualquer assunto que me interessa, conversas fúteis me cansam e deixam minha testa ainda mais enrugada (aliás eu já nasci com a testa enrugada). E olha que eu ando numa fase boa da vida. Meu último sonho é mudar pra um freezer, porque além de aturar todo meu rabuje que mal cabe em mim e nos tons das minhas roupas, tenho que aturar um calor de 37 graus.

rum. =/




Olha a bifa na fuça.

11 de setembro de 2007

"E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim."



(noite quente)
e meu coração gelado.
Algumas ansiedades empoeiradas
e outros tantos medos
[...]



E os meus versinhos que me acolhem junto ao travesseiro. Tanta coisa pra desabafar que nem cabe. E os meus pensamentos que fluem numa rapidez que eu não consigo acompanhar.

"E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim."
(Claro, Clarice L)

=(

Antigas Ternuras

Queria mesmo escrever palavras bonitinhas vindas de improviso como aqueles arrepios que ocorrem sem a gente saber o porquê. Tenho dito, a falta de inspiração me envolve e a essas horas bem melhor ficar em silêncio.

E um vídeo, de saudade, na certeza de que vai passar. Apesar da incoerência da letra [para o momento atual], o clip (pelo tempo que eu procurei essa música, e só agora encontrei.

10 de setembro de 2007

[...]

Cada um tem um passado
do qual o outro não tem pista
(como um bilhete amassado)
e nem o Mahabharata
explica uma mente anarquista
num corpo socialdemocrata.
Compartilham bioplasmas
e o gosto por certas atrizes,
mas não têm os mesmos fantasmas
nem as mesmas cicatrizes.
Das duas, uma, gente:
ou toda mente é de outro corpo
- ou todo corpo mente.

Luís Fernando Veríssimo.

6 de setembro de 2007

Finalmente o Feriado!
.
.
.
:)

29 de agosto de 2007

Alívio [?]


Dia cansativo.
Cansativo e com um sussurro aliviado de quem vos fala.
[Ando feliz]
de volta a rotina
e acreditando que as coisas podem dar certo.
Amo meus momentos de otimismo.
Amo porque aposto em certas acontecimentos que só ocorrem como num passe de mágica, mas isso me deixa feliz.
Sono, trabalhos por fazer, novas metas.
Adultisse em vista. Ai ai.

27 de agosto de 2007

27 de Agosto- Dia do Psicólogo e de desabafos

Uma pausa aos meus relatos simplistas. Hoje é a comemoração do dia do Psicólogo, e muitos desabafos a serem feitos. Sim, sim são 45 anos da regulamentação da profissão no Brasil (aprovação da Lei 4.119), alguns avanços e retrocessos. Estou particularmente indignada porque hoje tenho que ir ao CRP votar em chapas desconhecidas (senão eu pago multa!!). Como posso??? O CRP deveria ser multado por não pretar informações aos eleitores, e mais, deveria ser multado por enviar envelopinhos do proprio conselho apoiando a chapa que já está no poder- [Atenção]: COM O NOSSO DINHEIRO!! Tudo que sei que uma das chapas "é a que está no poder a alguns anos" e aparece pouco para nós pagantes e com poucos direitos, APARECE SIM (alguém diria). E eu responderia que apareceu pra mim no dia de cobrar a minha anuidade. Posso assumir a posição do contra "e ser de esquerda" e votar na chapa pluraridades simplismente porque assim me convem. Estou completamente alienada à minha própria classe e sinto que a recíproca de contribuição é lamentável.


http://www.pol.org.br/noticias/materia.cfm?id=839&materia=1255

Meu voto é nulo?
E o que fazer da Psicologia?
O que eu devo comemorar? O desemprego? A falta de articulação política da classe?
A exímia falta de apoio do Conselho?
Cabe aqui as minhas lamentações que não atingem ninguém.
Questionamentos.
Ajoelha e chora pra situação da Psicologia.
[...]
Eu estou indignada!
Eu estou indignada!
Eu estou indignada!
Votar em que?
Votar em quem?
Não tenho esclarescimento nenhum quanto ao fato
(brasileiro vota assim??)
Que desespero!!!
[...]

26 de agosto de 2007

Quem Além De Você?
(Leoni)

Foi só um sorriso e foi por amor
Nenhuma ironia, não foi por mal
Foi quase uma senha pra te tocar
Nem foi um sorriso, foi um sinal

Por trás das palavras, da raiva de tudo
Sorri pra tentar chegar em você
Foi como fugir pra nos proteger
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer
Porque

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?
Quem, além de você?

Ninguém tem razão, tenta me entender
E a gente é maior que qualquer razão
Foi só um sorriso e foi por amor
Te juro do fundo do coração

Foi como tentar parar esse trem
Com flores no trilho e acenar pra você
Parece absurdo, eu sei, mas tentei
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer
Porque

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?
Quem, além de você?

Deixa isso passar, e quando passar
[...]
E quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?
Quem, além de você?
Quem, além de você?

25 de agosto de 2007



Parece um tanto retórico dizer o quanto é doído deixar algumas decisões que pareciam exatas em uma página antiga da vida. E eu que nunca fui lá a boa moça no que diz respeito as "mudanças inacabados"- sofro tanto em [...], embora sinta que hoje é maleável lidar com isso (porque ao menos sei descrever certas dores). Hoje eu estou falando sobre amor. E sobre ele, eu também tenho uma teoria inacabada.

Eu não acredito que amor não tenha fim. Amor acaba e não é de um dia pro outro. Não acredito que num longo amor continuadamente a gente sente frios na barriga, borboletas na barriga. Mas algumas simplicidades tornam o amor tolerável. Sim, sim, tolerável. E quando as pequenas simplicidades acabam, o amor vai deixando de existir. Não acredito em amor à primeira vista, e por enquanto não acredito que existam amores eternos. Não acredito que aparece a pessoa certa na hora errada. Não acredito em muitos mitos. (Confesso que estou um tanto desacreditada, e por isso o texto de hoje não passa de desabafos infantis de alguém que não entende nada de amor, mas que insiste em desenvolver uma teoria). A conclusão final (precipitada?) da teoria inacabada é que amor acaba [...]

24 de agosto de 2007


"Nao nos afastemos,
não nos afastemos muito.
Vamos de mãos dadas..."
Carlos Drummond

E quando você menos espera está diante de um problema tão seu, tão íntimo, tão secreto (...) que é impossível andar de mãos dadas. E quando você olha pro lado, está com as mãos livres e só.