26 de junho de 2006

Das utopias


Nessa semana eu:
1 - tive momentos extremamente emocionais e descobri que eu sou muito bem resolvida em algumas coisas. Mas preciso aprender a manejar melhor.

2 - tomei cozumel com a Beta (que nada mais é gotinhas de cerveja, muito gelo, limão e com as bordas com sal. Nesse dia estava coberto por uma conversa muito boa sobre atitudes e a vida.)

3 -Sexta fui a Brasília. Aquela cidade me deixa inspirada. É tão organizada e tudo mais. Fiquei cansada. Fui e voltei no mesmo dia. Estava com tanta dor de cabeça de madrugada, que fui lavar meu rosto e (pow!) testa na porta do banheiro e dor multiplicada por 1.000. Não consegui mais dormir, fui me entorpecer de dipirona.

4 - Ajeitei as minhas coisas pra viagem (ou mudança? Ainda não sei bem definir) e senti várias vezes a sensação gostosa de dever cumprido.

5- Sábado fui a festinha da LG. Acho que já disse isso, mas pelo que me lembro só comentei os fatos enfadonhos. A companhia do Max estava até então surpreendentemente agradável. Acho bonito ver os olhos dele brilharem ao me ver, ainda que eu esteja regada de cansaço e olheiras.

6- E falando em festinhas, ontem foi a festinha junina na escola em que a Beta (dava) aulas de inglês. Adorei. Comi. Ri. Joguei "cebolinhas irritantes" no pé de algumas pessoas desconhecidas, afinal de contas- conhecidas apenas a Beta e a mãe dela. Adoro estar com as duas.

7- Essa semana acabou, mas já tem história para um desabafo :) Mas cheguei a conclusão que preciso me "des-grilar" um pouco e até me desligar com uns pequenos detalhes. O Max que o diga, acho que ele vai ficar feliz com essa notícia. :)

8- E a semana começa. Amanhã tem jogo do Brasil. Não por onda de moda, mas eu curto muito ver os jogos. Eu fico ansiosa, grito, sofro, oro. Oitavas de final. Copa do mundo. E essa temporada traz consigo boas lembranças.

9- Sexta tem passeio, eba. Sinto que estou começando a me despedir das coisas boas que a vida me oferece por aqui. Com aquela instigante sensação de que eu tenho aproveitado cada instante com cada pessoa querida (clichês de velhos livros de auto-ajuda que não ajudam), e em contrapartida, não tenho perdido meu tempo com pessoas que não me atraem muito. Passei da fase de conhecer novas pessoas e investir tempo e afetividade com elas. Talvez esteja errada. Talvez não. Tô amando esse momento.

10 - E, apesar de tudo, cada dia cresce em mim a paz, a alegria e a vontade de sonhar mais um pouco...

DAS UTOPIAS - Mário Quintana
"Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!"

Texto bacaninha que eu achei por aí. Tudo bem. Mas é preciso pensar. Tá certo que dar murro em ponta de faca não dá em nada, mas desistir fácil não é comigo não. Vejo esse texto mais como um elogio às estrelas do que como um modo de vida.

Ahn,
e o que rola na vitrola: Alanis Morissette

24 de junho de 2006


Sabe aqueles dias em que você acorda, toma café e depois quer apenas voltar pra sua cama?

Pois é. Hoje foi um desses.

E apesas de dias assim serem inevitáveis,as coisas parecem que por si só estão encaminhando. Tô feliz mas ás vezes me encontro pensativa e com uma saudade antecipada. Lidar com o que sempre me parece novo. A vida continua me fazendo brincar de corda-bamba, equilibrando alegrias e tristezas. Um lado do meu coração dói e questiona, enquanto um outro lado é vermelhinho e brilhante, como naqueles desenhos.

E o dia passou assim- agradavelzinho. Algumas pessoas interessantes, claro, outras nem tanto. Implicaram até com o esparadrapo que eu coloquei depois do exame de sangue. Aff. Quase que uma respostinha mal criada soou: o braço é meu, o exame foi meu, quem pagou fui eu, e daí? Se eu quiser ficar mais uma 22 dias com esse troço no meu braço eu fico! Oras. E na imagem a cara de mal educada, incoveniente e enjoadinha. Não sei porque tô comentando isso, mas fiquei irritadinha. Mas o dia, que a essa hora que vos falo ainda não terminou, foi muito bom. Que eu me lembre esse foi de todos o único fato irritante advindo de uma pessoa irritável que conseguiu irritar a minha irritância. Mas já superei esse momento rabuge.

Achei esse trechinho, e muito pertinente pra esse dia, que tinha tudo pra ser regado de ruindade (sono, dor de cabeça, preguiça, dor no corpo, mal humor). Tudo isso passou.

"Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a si mesmo, para rires de si mesmo; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamamos de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado com as grandes ocasiões."
Paulo Mendes Campos.

22 de junho de 2006

"Tirinha Versus Saudade"

Agora sim. meu blog começa a ter mais vida, ficando mais a minha cara com algumas fotos. Graças ao Max- Gênio no gênero formatação.
Sem inspiração pelos poros, fico com a imagem. E quem sabe com algum novo versinho, que lembram as cenas do próximo capítulo, que remete ao tema SaUdAdE.

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem, Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, cárie e pedra no rim...Tudo dói!
Mas, que mais dói é a saudade! Saudade de um irmão que mora longe...
Saudade de uma brincadeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade de alguém querido que morreu.
Do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas!
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama!
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos, do jeito de fazer amor.
Saudade da presença e até da ausência consentida! Você podia ficar ao lado do telefone em sua casa e ela do outro lado, na casa dela, sem se verem, mas sabiam.Lá estavam.
Você podia ir para o escritório e ela para o dentista, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la e ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se. Amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter!
Saudade é basicamente não saber...
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio...
Não saber se ele continua sem fazer a barba todo dia, devido aquela alergia...
Não saber como ela foi na prova da faculdade...
Não saber se ele ainda usa camisa xadrez...
Não saber se ele tem comido pouco, devido aquela mania de estar sempre de regime... Se ela tem assistido à novela das oito... Se ele continua brincando na internet ou continua visitando a página do Diário Oficial... Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros ou se continua usando o mesmo perfume... e se ele continua preferindo cerveja e ela suco de laranja...
Não saber se ele continua sorrindo com os olhinhos apertados... E ela continua usando lingerie preta... Se ele continua detestando Mc Donald's e se ela continua lhe Amando!
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos! Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento... Não saber como frear as lágrimas diante de uma música! Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche!
É não querer saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro... E se ela está mais bonita!
Saudade é nunca saber de quem ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentido agora, depois que acabou de ler.

19 de junho de 2006

Quem me levará sou eu, quem regressará sou eu.


Condições anormais, acontecimentos além, sensatez. Paredes de giz, perturbações em geral. Mas o que é páreo para o tempo da mágica? Para o que um grande sorriso é capaz de alcançar? Se eu sei que além das cortinas são palcos azuis? Um brilho. Um brinde. Um deleite.


Mário Quintana "Não exijas mais nada. Não desejo também mais nada, só te olhar enquanto a realidade é simples, e isto apenas. Que grandeza... a evasão total do pejo que nasce das imperfeições. O encanto que nasce das adorações serenas."

Amanhã eu volto, quem sabe, elaborando. E inovando.

11 de junho de 2006

Meu querido diário

Há dias que não há santinho que resolva a falta de inspiração. Geralmente isso ocorre quando tenho tempo de sobra e estou afim de escrever. Já afirmei isso anteriormente, mas hoje eu tive a certeza de que o mundo precisa parar para eu descer um pouquinho. E como a inspiração provavelmente não irá bater hoje e eu não vou conseguir escrever nada além de algo como este texto que parece extraído de um diário bem adolescente, então eu vou nessa. Vou caminhar rumo aos meus sonhos, fazer um balanço deste ano, ler um livro, ver TV, ouvir música e dormir cedo.

E é claro, que nesse rumo de diário- eu não poderia deixar de mencionar o dia de aniversário. Essa semana (aff, passada, já?). Foi meu aniversário. Clima bom. Bons amigos. Melhor amiga. Melhor namorado. Melhor família- barulhenta e comilona. Claro, melhor irmã. Presentes criativos. Parabéns pra vc (pra mim). Recadinhos do orkut (hummm). Amigos queridos. Perfumes, bijut's, calça (graaaaaaaaaaaaande), super kit, calcinhas, mais perfumes, grana, suéter no plural, porta cd tipo smile, porta retrato, anel especial, sandália, bolsas, Mensagens no celular (hummmm). Bolo. Vela quebrada. Cabelo cortado (e curtinho). Maquiagem borrada. Fax com a minha matrícula no curso de inglês no Canadá (não é o máximo?). E são 25 anos passados. No balanço desses 25 anos de vida. A boa notícia. Saldo positivo, com juros baixíssimos dos erros cometidos. Umas ruguinhas a mais em contrapartida a maturidade tem evoluído também. Sem extremos. E um suspiro aliviado de alguém me considerar "determinada" de correr atrás das coisas que eu tanto desejo, apesar dos pesares, digo, apesar da falta de grana. Eu vou nessa.