31 de julho de 2006

"Nesse breu vou sem rumo"


É triste não ter chão. Esse foi o ano de perder o chão, diante de tantos sonhos, e tantos negado. Sem maiores frustrações, porque se não há portas abertas (por enquanto), espero as janelas.

E como eu preciso sempre de traduções, descrições, rola na vitrola: Onde ir? (Vanessa da Mata). Que ironia. Preciso de um plano C.

"Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou
Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumoSó sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem (não vem)
Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou
Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo..."
:(

28 de julho de 2006


Coração partido por causa de uma partida! Cisco no olho. Chororô. Dor de cabeça. Ressaca de tristeza. Emburramento. Tristeza egoística (minha melhor descrição). É porque eu sei a falta que faz uma amiga. A Beta foi embora e me deixou assim, e apesar disso tudo eu torço tanto, tanto, pra que a realidade seja similar ao que ela sonhou.

13 de julho de 2006

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector


Sem palavras hoje, não por ansiedade ou tão pouco por turbulência de sentimentos, pura serenidade. Dias felizes e produtivos deixam a gente assim.

12 de julho de 2006

1/4


Estou aqui, ainda viva, loucamente... cheia daquelas crises, cheia daquelas vontades, cheia daqueles mesmos lamentos e emoções, quase sempre nada contidas.
Tenho curtido tanto meu quarto, minha cama, meus livros, mural de fotos, os detalhes, tudo. É como se fosse mesmo um tipo indescritível de despedida. De cama aconchegante, de vista da janela, sem praias, mas com um pôr do sol laranjado. Presente: a suave sensação de que esse quarto logo não vai ser tão meu. No ímpito: o desejo devorador de ser independente. Chega logo! Diante à algumas idéias "inovadoras", digo enlatadas, logo penso: está perto de casar, juntar as trouxinhas ou algo parecido. Sério, tenho pensando nisso, e pra quem me conhece sabe muito bem que não é algo rotineiro. E há um claro conflito nesse termo, nessa regra, porque não é comum perguntarem: "Porque vc quer casar?". Todo mundo casa, cabe a regra, preto no branco. Agora quando é o contrário, soa a pergunta alarmante: "Mas por quê você não quer casar?" e junto a pergunta com sonoro alterado acompanhamento? Sim, acompanhamentos- digo, julgamentos, ou pensamentos do tipo "Nossa, essa menina tem problema". Uma amiga minha diria: "Problema todo mundo tem". :) E isso chega a ser uma alívio, até porque não me importo tanto com o que as outras pessoas estão pensando em relação as minhas escolhas. Todo mundo tem palpite. O importante: um dos protagonistas da história: o Max. Esse sim entende muito bem que não se trata de amar mais ou menos, ou categorizar ou enquadrar o tipo do amor referido. E Pablo Neruda também explica bem: "Assim te amo porque não sei te amar de outra forma". Ahn, ele sim me compreende, e sabe quase como um amigo de dentro de casa, que o amor se mostra de várias formas.
Mas deixando tanto romantismo e amor de lado- senão nem eu me reconheço. Ohs, e retomando ao assunto de "deixar o meu 1/4 da casa", retoma algumas lembranças vividas, porque se antes eu corria das mudanças, hoje eu corro em direção a elas. E sem maiores ansiedades. Como diz a Beta: "Quem gosta de problema é professor de matemática", psicólogo gosta é de solução. Aí eu me encaixo bem, quero soluções, soluções e soluções.
E não dá pra deixar de lado o fato óbvio e ordenado de que na minha vida épocas legais sempre vêm acompanhadas de coisas toscas. É meio como uma ordem cósmica q governa minha vida. Mas ando anulando essa etapa. Pronto, pulei. Coisas ruins só dão uma passadinha por esse blog, e quando houver muiiita necessidade.

11 de julho de 2006

Um pé no Salto


Não entendo como determindado comportamento pode trazer tantas consequências negativas, por exemplo usar salto alto-> Sair de salto -> (chic, mancando) -> Chegar em casa. 1º Ato: Tirar o salto no pé da escada, andar descalço e pisar no salto do "salto". Xingar. Sentir dor, conferir se o pé realmente está rasgado. E ficar com o pé- literalmente rasgado. Faz parte do aprendizado. Tirando esse fato a semana se esgotou com atividades deliciosas. Oficina de arte na casa da Jô.
Finalização do processo do visto- agora é só esperar e esperar. Reflexão de algumas palavras do Pablo Neruda. Alguém me explique: " Quantas estrelas tem um gato", pois é, eu fiquei pensando. Não dá pra metaforizar tanto (Trecho de "Gatos Noturnos", em o coração amarelo). Comecei a ler: "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne, não a contra-gosto, e estou amando. Já a sexta-feira: foi dia de comilança no apê do Henrique e da Mix. Bacana, e dia de Final de novela. Bia Falcão vilã classuda. Sábado passei "incolicada", acompanhada com figuras insubistituíveis- Pedro, Camila e Jana. Bom papo, e acima disso, o insubstituível cafuné de vó. E eu puro dengo. Sábado festinha do (outro) Pedro primo e Carol (Só felicidades! e um cheirinho meu) Churrasco grego. Pedacinho do Max, por pouquíssimo tempo ao meu lado no fds. humpf! Ontem não foi por inteiro dos melhores dias. A Beta foi uma excelente companhia, compartilhando comigo os momentos de compras sofridas. Mas o "chegar em casa" não foi tão propício. Também não quero me ater a isso. E hoje a melhor notícia, depois de um susto, Tio Geri melhorou. Porque a história foi complicada, uma super piora antes dessa melhora incrível. E um suspiro profundo, aliviado, e um cochicho "Obrigado, Deus".

7 de julho de 2006


"Aquilo que eu ouso, não é o que quero
Eu quero o repouso do que não espero
Não quero o que tenho pelo que custou
Não sei de onde venho, sei para onde vou"

Carlos Drummond

6 de julho de 2006


Tô aqui louca pra postar, mas longe de casa. 10 minutos pra escrever, pra desabafar. Ontem eu estava plena- cheia de idéias que ficaram no travesseiro. Mas declaro. Ando bem mais feliz, ansiedade em baixa. Consertar: tem sido a palavra em voga. Aprendi novas técnicas, encontrei novamente velhas pessoas. Suspirando fundo, a saudade aguda dos tempos de faculdade passou. Ficaram os bons amigos, com quem continuo a compartilhar os sonhos. Aprendi tanto. Tô mais madura sim, e me esforçando pra não me tornar aquela adulta que não suporta música, chata, com conversas chatas, resumindo, tudo chato, organizado, sem cores, sem beijos, sem amores, sem erros.
Depois disso... ahram... o bom mesmo é a gente saber que tudo pode mudar tudo o tempo todo. Falando em mudanças, e objetividade e cotidiano também- hoje levei o restante dos meus documentos pra tirar o visto.Ahn, tá chegando. Mas o post termina aqui. Tem gente me gritando e eu preciso ir.

"Eu quero a sina de um artista de cinema, eu quero a cena onde eu possa brilhar, um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo, um beijo imenso onde eu possa me afogar" - Lisbela / Los Hermanos.