12 de julho de 2006

1/4


Estou aqui, ainda viva, loucamente... cheia daquelas crises, cheia daquelas vontades, cheia daqueles mesmos lamentos e emoções, quase sempre nada contidas.
Tenho curtido tanto meu quarto, minha cama, meus livros, mural de fotos, os detalhes, tudo. É como se fosse mesmo um tipo indescritível de despedida. De cama aconchegante, de vista da janela, sem praias, mas com um pôr do sol laranjado. Presente: a suave sensação de que esse quarto logo não vai ser tão meu. No ímpito: o desejo devorador de ser independente. Chega logo! Diante à algumas idéias "inovadoras", digo enlatadas, logo penso: está perto de casar, juntar as trouxinhas ou algo parecido. Sério, tenho pensando nisso, e pra quem me conhece sabe muito bem que não é algo rotineiro. E há um claro conflito nesse termo, nessa regra, porque não é comum perguntarem: "Porque vc quer casar?". Todo mundo casa, cabe a regra, preto no branco. Agora quando é o contrário, soa a pergunta alarmante: "Mas por quê você não quer casar?" e junto a pergunta com sonoro alterado acompanhamento? Sim, acompanhamentos- digo, julgamentos, ou pensamentos do tipo "Nossa, essa menina tem problema". Uma amiga minha diria: "Problema todo mundo tem". :) E isso chega a ser uma alívio, até porque não me importo tanto com o que as outras pessoas estão pensando em relação as minhas escolhas. Todo mundo tem palpite. O importante: um dos protagonistas da história: o Max. Esse sim entende muito bem que não se trata de amar mais ou menos, ou categorizar ou enquadrar o tipo do amor referido. E Pablo Neruda também explica bem: "Assim te amo porque não sei te amar de outra forma". Ahn, ele sim me compreende, e sabe quase como um amigo de dentro de casa, que o amor se mostra de várias formas.
Mas deixando tanto romantismo e amor de lado- senão nem eu me reconheço. Ohs, e retomando ao assunto de "deixar o meu 1/4 da casa", retoma algumas lembranças vividas, porque se antes eu corria das mudanças, hoje eu corro em direção a elas. E sem maiores ansiedades. Como diz a Beta: "Quem gosta de problema é professor de matemática", psicólogo gosta é de solução. Aí eu me encaixo bem, quero soluções, soluções e soluções.
E não dá pra deixar de lado o fato óbvio e ordenado de que na minha vida épocas legais sempre vêm acompanhadas de coisas toscas. É meio como uma ordem cósmica q governa minha vida. Mas ando anulando essa etapa. Pronto, pulei. Coisas ruins só dão uma passadinha por esse blog, e quando houver muiiita necessidade.

Um comentário:

Max Braga disse...

Realmente soluções são mais importantes, mas elas não existem sem problema. Assumindo a busca por solução, assume-se que também há um problema. E, de fato, sabemos quais são.

O detalhe é que nem o professor de Matemática gosta dos problemas que ele não consegue resolver.

E se você quer ir atrás de um problema, provavelmente é porque sabe que vai dar conta dele.

Não vou falar dos riscos... já falei e você sabe.

Bom... eu entendo algumas coisas, não entendo outras. Mas tudo bem! Para esses problemas, sou eu quem tem que ir atrás das soluções.