Ele insistia. Era teimoso, não se contentava com o eu-te-amo. Insistia, insistia.
— Diga que é para sempre.
Ela, querendo ser totalmente sincera, respondia:
— Para sempre... não, não posso dizer.
Engraçado que, lá no fundo, sabia que era para sempre, mas desconfiava de promessas que não pudessem ser cumpridas por culpa da vida. Era como prometer que não iria morrer.
— Por que você não diz, hem, Maria? Você não me ama de verdade?
— E como, João! Amo você até mais do que a mim mesma, mas a vida...
— Pois eu digo sem medo: amo você para sempre, sempre, sempre...
Maria ria entre feliz e sem graça. E entregava-se a esse amor que fazia cada minuto parecer o sempre.
Um dia João chega muito solene e pede-lhe:
— Maria, mesmo que não seja, diga pra mim que é pra sempre, tá? Quero ouvir "para sempre".
E Maria passou a dizer o advérbio. A princípio tímida, depois categoricamente.
— Eu te amo, João.
— Muito?
— Muito — respondia ela.
— Para sempre?
— Para sempre — confirmava.
O tempo passava. O amor de Maria por João aumentava. Agora o sempre era uma certeza e a vida só delícias, para todo o sempre.
— Pra sempre te amarei, João.
— Sei disso, Maria. Nós dois somos para sempre.
— É, João, pra sempre.
Maria não tinha dúvidas quanto a João. E muito menos quanto a si mesma.
Eternamente para sempre... para sempre eternamente.
E a felicidade vivia com ela e tão plena estava que nem percebia João fazer-se um talvez. Esquivo hoje, amanhã — e ela não via ou não queria ver. Até que...
— Maria, vou-me embora.
— Por que, uai?!
— Não te amo mais, Maria.
— Não?!
— Não.
— Assim, João?
— É.
— Mas não podemos... não posso fazer alguma coisa? Me dá um tempo, João.
— Não, não posso!
— Mas, João!...
— Não volto mais, Maria. E é para sempre.
30 de maio de 2007
29 de maio de 2007
Eu só queria achar a portinha-
aquela que abre e o pronto! Coração fica cheio de luz.
Tão poucos pensamentos fluidos positivos (se é que isso faz sentido). Ando tão pessimista, tão pessimista que já não sei por onde começar a mudar. A inconstância que não me deixa. Não sei onde guardo isso. Caberia terapia: organizar os sentimentos, e entender que eu não sou tão incomum assim, e se for, ora, entender o lado bom disso, ou conviver com o lado ruim de uma maneira elaborada. Retórico: Se alguma coisa tem que dar errado, vai dar. E digo mais: pode ter certeza vai dar errado mesmo, e se ainda não piorou, aaah vai piorar.
Mix e Belinha :) Assoprem a velinha!
Chocolate. (Proibido, ah nem...)
Minha cama.
Meu lar.
Dor no corpo.
500 páginas.
Projeto.
Dúvidas.
Felicidade Parcial.
Música lero lero, computador, internet.
Não quero nem pensar se está faltando alguma coisa.
Pronto, engajei nessa semana longa, deliciosa,
e o cheirinho dessa terra boa!!
Nada de melancolia.
"Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto"
E os aniversários!
Sim, amo
Mix e Belinha!
Amo.
25 de maio de 2007
24 de maio de 2007
E. Munch. A voz.
Pra começar hoje o dia já não terminou bem. E agora estou indo pra debaixo das cobertas, algo que deveria ter feito ao longo do dia. Aaah.. de novo as velhas escolhas erradas.
"o coração rachado
atende a múltiplos
apelos impossíveis
os possíveis escuta distraído
os possíveis escuta distraído
responde com preguiça
e às vezes
deles desvia o olhar"
23 de maio de 2007
20 de maio de 2007
19 de maio de 2007
18 de maio de 2007
17 de maio de 2007
"Tenho medo de escrever é tão perigoso.Medo de mexer no que está oculto e o mundo não está à tona. Ele esta submerso em suas raízes de profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio, mas é um vazio terrivelmente perigoso, dele arranco sangue.Sou um escritor que tem medo das ciladas das palavras.As palavras que digo escondem outras.Quais? Talvez as diga.Escrever é como uma pedra lançada num poço fundo"
... ... ... ... ... ...
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".
Por
Clarice Lispector
Tudo que eu quero hoje é a vida sonolenta da bela adormecida. Tirando o "bela",
e grifando o adormecida: desengonçada com camiseta rasgada e calcinha velha e folgada.
Cabelo esganganhado, olheiras, ronco alto e um sono pesado!
Nada de príncipe pra me tirar do encanto,
apenas um bom café
pra quinta-feira que me espera.
e grifando o adormecida: desengonçada com camiseta rasgada e calcinha velha e folgada.
Cabelo esganganhado, olheiras, ronco alto e um sono pesado!
Nada de príncipe pra me tirar do encanto,
apenas um bom café
pra quinta-feira que me espera.
15 de maio de 2007
14 de maio de 2007
Voa semana, voa
(mas só até quarta).
:)
(mas só até quarta).
:)
"Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo"
13 de maio de 2007
12 de maio de 2007
Se não houvessem tantos impecilhos, financeiros e físicos a essa hora eu estaria dentro de um avião rumo à Perúdia. Isso porque bem sei a falta que faz um colo amigo, em dias nublados, respiração tumultuada, choro engasgado, falta de rumo, composições avassaladoras, falta de chão, incertezas. Uma falta, um buraco profundo, uma dorzinha, um ardido na garganta, e os olhos úmidos. Sim, eu sei. E hoje me sinto completamente imobilizada por não poder estar perto, doando um colo fofo, amenizando, ouvindo e filosofando como uma leal parceira.
Eu espero Betolina, frita maior, amiga melhor (não, não, não há)
que o logo logo esteja no rosto esse sorriso aberto, iluminado, amarelo e sincero.
E pra lembrar: Nada está em estado puro, nada é definitivo, nada é absoluto, e nada do que se pensa é vão - mas ai de quem pretende viver só do pensamento e sua lei unívoca.
8 de maio de 2007
3 de maio de 2007
REGULAMENTO
( Flora Figueiredo)
Eu não juro nada
por coisa alguma,
pois que todo caminho é de incerteza.
A ordem se desarruma,
a história se desajeita,
o arranjo troca de lado e vira a mesa.
Tampouco prometo.
Nesse jogo de regras e tratos
rolam os dados,
mudam os fatos,
num ciclone célere,
inclemente.
Só o que posso é me entregar completamente
a toda causa que eu me dedicar,
a cada tempo que eu puder viver,
a cada amor que me fizer amar.
2 de maio de 2007
"Um dia é do milho, outro da pipoca." Lola Bunny.
Pelo menos assim contempla todo mundo.
Apesar do feriado “dia do trabalho” e suas milhares de reivindicações em todo mundo, sinto que não tive nenhum feriado, sim, muitas reivindicações silenciosas. Quero um dia: “dia do desempregado”. Humpf!
Semana de prova, e de ansiedade comedida, e do pensamento “e não é que ta valendo?”. De bem com o mundo, de bom humor, de expectativa, de centímetros a menos-huhu. Ando feliz, menos embotada e me sentindo completa com as inconstâncias vividas. Planos? Hum Hum, nenhum, e tranquiiiiiiiiiiiiila que só. Algumas saudades, e pequeníssimos projetos. E esse é o grande resumo. Pequeníssimo plano em longo prazo: jogar na sena - ganhar, e não perder noites planejando o que fazer com dinheiro-aí sim passar uns diazinhos viajando, sem maiores preocupações e frustrações. Sentir mudar as estações, frio na barriga, e pernas bambas. Andar à toa. Comprar uns óculos gigantes que cubra toda a face e um perfume cheiroso, pra não precisar de tantos banhos. Deixando de lado todas as preocupações com mundo desigual, mudanças climáticas, crise ambiental, economia quebrada, pesquisa básica e etc. e tal. Como assim?
Rola da Vitrola: Sandra de Sá- um CD velho, arranhado e empoeirado que ainda vale a pena escutar.
Pelo menos assim contempla todo mundo.
Apesar do feriado “dia do trabalho” e suas milhares de reivindicações em todo mundo, sinto que não tive nenhum feriado, sim, muitas reivindicações silenciosas. Quero um dia: “dia do desempregado”. Humpf!
Semana de prova, e de ansiedade comedida, e do pensamento “e não é que ta valendo?”. De bem com o mundo, de bom humor, de expectativa, de centímetros a menos-huhu. Ando feliz, menos embotada e me sentindo completa com as inconstâncias vividas. Planos? Hum Hum, nenhum, e tranquiiiiiiiiiiiiila que só. Algumas saudades, e pequeníssimos projetos. E esse é o grande resumo. Pequeníssimo plano em longo prazo: jogar na sena - ganhar, e não perder noites planejando o que fazer com dinheiro-aí sim passar uns diazinhos viajando, sem maiores preocupações e frustrações. Sentir mudar as estações, frio na barriga, e pernas bambas. Andar à toa. Comprar uns óculos gigantes que cubra toda a face e um perfume cheiroso, pra não precisar de tantos banhos. Deixando de lado todas as preocupações com mundo desigual, mudanças climáticas, crise ambiental, economia quebrada, pesquisa básica e etc. e tal. Como assim?
Rola da Vitrola: Sandra de Sá- um CD velho, arranhado e empoeirado que ainda vale a pena escutar.
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